A primeira estimativa da PF, ainda de 2014, já era assustadora: nada menos que R$ 6 bilhões teriam sido surrupiados da Petrobras em forma de propina. A nova multiplica por sete o estrago e atinge R$ 42,8 bilhões. Para chegar a este número, os investigadores consideraram a comissão cobrada pelos envolvidos – entre 1% e 3% – e a parcela de contratos da estatal contaminada corrupção – um quinto de tudo que a empresa trabalhou nos últimos anos.
A Odebrecht seria dona da maior fatia suja, com R$ 7,11 bilhões, seguida pela Techint, com R$ 4,36 bilhões, e a Queiroz Galvão, com R$ 4,09 bilhões. Mas o número tem muito a crescer. Há a certeza de que o esquema trabalhado na Petrobras foi replicado em outras estatais e obras governamentais. Uma planilha apreendida com Alberto Youssef chega a citar 750 projetos.
Jamais deve-se duvidar da capacidade brasileira para desviar dinheiro público.