Por ter sido líder do governo Dilma no senado, as delações de Delcídio do Amaral parecem as mais ricas em detalhes a respeito do esquema que depenou a Petrobras. Num dos depoimentos dados à Polícia Federal, o senador cassado entregou que Lula implementou o esquema bolado pelo PP como forma de garantir que seria reeleito em 2006. Para isso, fatiou a Petrobras com outros dois partidos: PMDB e o próprio PT.
Num dos trechos, como prova de que Lula estava envolvido com o Petrolão, Delcídio lembra que a máquina petista de propaganda praticamente só explorou temas ligados à estatal na campanha que o conduziu ao segundo mandato:
“Às vezes vejo o presidente dizer não sei de nada, nunca estive com o diretor B ou C. Se olhar a campanha de 2006 para presidente, a discussão foi estatização ou privatização da Petrobras, pré-sal. Todos discutiram.“
Quando as commodities estavam em alta, ali pelo segundo mandato de Lula, fazia algum sentido vender o pré-sal como a sétima maravilha. Mas esse tempo passou rápido. Hoje, ele é um investimento ruim. Custa caro tirá-lo do fundo do mar, mas sua baixa qualidade não o permite vender por um preço que compense o esforço.
Retirar da Petrobras o monopólio da exploração do recurso é livrar a estatal da obrigação de mergulhar num projeto que fatalmente trará prejuízo ao povo brasileiro. O governo Temer acerta ao rever o entendimento. A esquerda, que sempre esteve ao lado do grupo que depenou a empresa levando-a à ruína, continua errada.
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