É um dos pontos que Janaína Paschoal mais martela em seus discursos no impeachment de Dilma Rousseff, mas a imprensa faz ouvidos de mercador. Originalmente, o pedido assinado por ela citava três crimes de responsabilidade da presidente: as fraudes fiscais (conhecidas como “pedaladas fiscais”), a assinatura de decretos sem autorização do Congresso, e todo o esquema de corrupção desvendado pela operação Lava Jato, conhecido por Petrolão e que de fato foi o motor das manifestações de rua.
Mas o pedido de impeachment tinha que primeiro passar por Eduardo Cunha, então presidente da Câmara. E ele alegou que as provas levantadas no terceiro caso eram frágeis demais, por isso as barrou, deixando passar os outros dois crimes.
Coincidência ou não – e provavelmente não –, o terceiro caso o atingia, uma vez que a Lava Jato estava no seu pé investigando contas no exterior.
Ou seja… O impeachment de Dilma poderia ter sido muito mais fácil se não fosse Eduardo Cunha.
Os petistas deveriam agradecer a ele.