Mas a operação sabe que há um nítido interesse da parte da defesa da empreiteira em liberar o mínimo de informação possível, oferecendo, portanto, resistência enquanto a Odebrecht não apontar para cima. A intenção da empresa é fazer uma delação em grupo, com nomes como Marcelo Odebrecht, Márcio Farias, Alexandrino Alencar e Rogério Araújo. Há pelo menos 20 temas sendo discutidos com a Lava Jato.
Um dos alvos seria Lula, mas a empreiteira quer apenas denunciar a reforma ilegal do sítio em Atibaia, poupando o ex-presidente das palestras e viagens feitas em contrato com o grupo.
A resistência de Marcelo em colaborar com a investigação caiu por terra quando Maria Lúcia Tavares, ex-secretaria do empreiteiro, abriu mão do apoio jurídico da empresa e decidiu sozinha entregar tudo o que sabe das planilhas do Departamento de Operações Estruturadas, uma espécie de “departamento da propina”, de acordo com a investigação.