A Operação Lava Jato chega a sua 27ª Fase, batizada de “Carbono 14”, e ela vai ao âmago de um dos casos mais tenebrosos dos últimos tempos: o assassinato de Celso Daniel, prefeito petista de Santo André em 2001, que ganhou repercussão nacional e mundial. E o liame dos dois escândalos é justamente o Mensalão.
Em suma: três terríveis casos envolvendo o PT numa única trama.
Quando explodiu o Mensalão, já na fase conclusiva do processo, o operador Marcos Valério falou de uma operação de pagamento de propina que remeteria a Santo André. Na época, a história não foi adiante, mas agora, por meio da Lava Jato, a narrativa pôde ser investigada novamente. E a julgar pelos procedimentos de hoje, parece que foi mesmo apurada a fundo.
Foram expedidos mandados de busca e também de prisão, como é o caso do dono do Diário do Grande ABC, Ronan Maria Pinto, também citado no caso Celso Daniel. Também foi preso o ex-secretário do PT, Silvio Pereira e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido e condenado no Mensalão, foi conduzido coercitivamente.
![Celso Daniel - Foto Itamar Miranda AE](http://i2.wp.com/www.implicante.org/wp-content/uploads/2016/04/Celso-Daniel-Foto-Itamar-Miranda-AE.jpg?resize=749%2C475&utm_source=rss&utm_medium=rss)
Caso reaberto: Celso Daniel, então prefeito petista de Santo André, assassinado em 2001. Foto: Itamar Miranda/AE
A especulação é que o (ex?) amigão de Lula, José Carlos Bumlai, atualmente preso, tenha contribuído para juntar as peças desse quebra-cabeça. Isso já foi comentado anteriormente e a versão, agora por razões óbvias, ganha força.