A Lava Jato aponta que Antonio Palocci, quando ministro do governo Lula e até mesmo um pouco depois, trabalhou em benefício da Odebrecht em ao menos quatro frentes: contratos com a Petrobras, medidas provisórias de interesse da empreiteira, desenvolvimento de um submarino nuclear e financiamentos do BNDES. Por toda essa graça, teria conseguido para o PT um recorde de R$ 128 milhões em propina num período de 6 anos.
Qual a resposta do PT a essa denúncia escandalosa? Quer o afastamento de Alexandre de Moares, ministro da Justiça indicado a Michel Temer pelo PSDB.
É verdade que Moraes deveria ter mais cuidado com a própria língua – e isso não é de hoje – mesmo ao conversar sem compromisso com militantes do interior de São Paulo. E que, ao adiantar que a Lava Jato teria uma nova fase esta semana, apenas alimentou uma crítica que se faz à operação.
Mas também é verdade que não chega a ser coisa de outro mundo que um ministro da Justiça tenha informações privilegiadas sobre o trabalho da Polícia Federal. E que em praticamente toda semana há fase nova da Lava Jato – só mesmo quem é preso vem se dando o direito de se surpreender.
Assusta, no entanto, ausência de resposta do PT a um denúncia tão grave. Tudo que resta a eles é atacar um adversário. E isso soa uma confissão.